terça-feira, 4 de setembro de 2012

Vídeo: Surplus


Documentário: Surplus (Surplus: Terrorized Into Being Consumers) 
Diretor: Erik Gandini
Ano: 2003



Resenha do documentário “SURPLUS”
Documentário mostra o lado obscuro dos regimes capitalista e socialista.
Surplus, uma produção de 2003 do diretor Erik Gandini, mostra uma realidade cada vez mais aterrorizante que está totalmente banalizada nos dias de hoje. A de que o homem transformou-se em uma máquina de consumo e ganância que está destruindo o mundo e o tornando cada vez mais afásico e amoral.
Erik Gandini nos apresenta um filme bastante intrigante no qual ele usa de uma estética diferente e moderna, com imagens e sons que praticamente transformam o filme em um vídeo-clipe, tornando-o visualmente interessante o que prende a atenção das pessoas, principalmente o público jovem, para que a mensagem seja apresentada de uma forma objetiva e clara desta situação da sociedade contemporânea.
Com uma visão bem forte da realidade atual, o filme mostra como o meio ambiente vem sendo destruído para que as indústrias continuem a produzir cada vez mais e assim maximizem seus lucros. Além desta questão ambiental Erik Gandini mostra também como a publicidade hoje está sendo distorcida pela indústria cultural para impor suas vontades às pessoas que perante esta situação acabam sendo influenciadas a comprar coisas totalmente supérfluas.
Outra parte marcante do filme é a entrevista com o filósofo e anarco-primitivista americano John Zerzan, um defensor da idéia de que os problemas da humanidade só serão sanados com a desindustrialização da sociedade e com o abandono da tecnologia. E durante todo o filme trechos da entrevista de Zerzan são mostrados, fazendo um comparativo entre o que ele pensa e o que de fato anda acontecendo no mundo.
Uma questão muito marcante nesta sociedade de consumo é o dinheiro, que no filme é abordado mostrando a vida de algumas pessoas de várias partes do mundo, como um garoto europeu que ficou milionário, mas que prefere ter sua vida simples e sem muito dinheiro de volta, ou a garota Cubana que em uma viagem descobriu e ficou deslumbrada com o mundo consumista que existe fora de Cuba; Ou também os trabalhadores Indianos que ganham a vida desmontando navios. Tudo isto para exemplificar esta particularidade do capitalismo que deixa poucas pessoas com muito e muitas pessoas com pouco.
Surplus apesar de ser bastante pessimista, pode ser encarado como um alerta para todas as pessoas do mundo de que chegou a hora de alguns valores da sociedade serem repensados e algumas atitudes em relação ao meio ambiente serem tomadas com certa urgência.

Fonte: http://cinecido.wordpress.com/2008/11/26/resenha-do-documentario-surplus/  (Acessado dia 04/09/2012 às 9h43min)ed

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O olhar da Geografia para a Biodiversidade (Texto de autoria)


     
                        Autor: desconhacido
                  Site: Portal Esquadro Geográfico (http://esquadrogeografico.blogspot.com.br/2010/08/um-outro-olhar-sobre-castro-alvesba.html)

      Segundo o Portal da WWF a Biodiversidade pode ser entendida de diferentes níveis: “todas as formas de vida”, “os genes contidos em cada indivíduo” e “as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras”.
    Com isso, considerando as inúmeras paisagens que podemos encontrar no mundo, detectamos milhares e milhares de espécies animais, vegetais, seres vivos e não vivos presentes nos vários ecossistemas existentes no Planeta Terra.
      Nesses ecossistemas também está presente o ser humano, realizando as suas atividades e gerando impactos, principalmente pós-Revolução Industrial que permitiu consolidar o modelo da sociedade atual concentrada em grandes cidades urbanizadas, com uso desenfreado de recursos naturais na produção industrial e o intenso uso de energia. Os resultados disso foram uma extrema degradação ambiental levando ao desequilíbrio desses ecossistemas, além de uma enorme perda da biodiversidade desses ambientes do mundo.     
Para exemplificar podemos apontar a mudança na qualidade de vida na população da Europa gerada pelo processo de industrialização, seja na forma de trabalho envolvendo os operários, no ar que começaram a respirar com os poluentes lançados pelas fábricas, entre outros.
     E, no Brasil, o processo tardio de industrialização que se concentrou na região Sudeste trouxe o crescimento dos núcleos urbanos, resultado da intensa urbanização, a abertura de rodovias, gerando inúmeros impactos a grandiosa Biodiversidade da Mata Atlântica, que hoje possui apenas 5% da sua cobertura vegetal original.
      Hoje, podemos apontar o Cerrado como alvo desses exacerbados impactos ambientais e, com isso, a perda da biodiversidade, motivado pela monocultura de grãos nos moldes do agronegócio visando à exportação de commodities. E, com isso, levando a destruição ambiental para a Amazônia, tornando-se uma terra propícia a pecuária, antes realizada no Cerrado.
    Essa destruição e fragmentação do ambiente substitui a natureza por áreas urbanas, agrícolas ou industriais, causando uma grande perda da biodiversidade, ou seja, a morte de um grande número de indivíduos, fazendo com que restem somente pequenas e isoladas populações.
    Agora, partindo dessa análise sobre a perda da Biodiversidade a partir das ações humanas no espaço, não poderíamos deixar de pensar no aspecto econômico que motiva essa degradação ambiental, evidenciando a perversidade do atual sistema econômico.
Mas, e essas amplas divulgações dos aspectos ambientais, discussões a níveis mundiais, ampla difusão do conceito e da ideia de Sustentabilidade, demanda por energias renováveis pode-se considerar a emergência de uma consciência ambiental global? Realmente estamos caminhando para um novo padrão de sociedade? De consumo? Uma sociedade Sustentável?
    Nos dias atuais podemos destacar uma maior abordagem da temática ambiental na sociedade, seja pelas leis ambientais, a atuação de órgãos governamentais e instituições não-governamentais que discutem esse assunto, cursos de graduação e pós-graduações que permitem a formação de profissionais para o estudo e desenvolvimento de pesquisas. Além disso, o tema Educação Ambiental está presente nas Escolas, sendo diluído no Currículo, por meio das diversas disciplinas.
      Porém, ainda podemos destacar os grandes embates políticos e econômicos quando essa questão é discutida. Isso por que percebemos que tais decisões que envolvam melhoras no modo como o ser humano se relaciona com a natureza, como Sustentabilidade e Energias Renováveis, vêm permeadas de ambições e ranços capitalistas, ou seja, interesses econômicos e políticos implícitos nas ações dos Estados e seus representantes.
Um exemplo explícito é a posição do presidente dos Estados Unidos na tentativa de realizar uma acelerada transição para as energias limpas, com a intenção de não ser uma economia dependente de outros países do mundo e da oscilação dos preços do petróleo, além de conseguir solucionar seus problemas gerados pela crise e, ainda, conseguir fazer a manutenção do seu status de potência mundial. E, essa estratégia permite ser uma grande oportunidade de negócios e lucros.
     Diante de todos esses pontos a serem discutidos percebemos que essa consciência ambiental possui interesses amplamente econômicos e político diluídos nas decisões de empresas, Estados e outras organizações. Portanto, pensando na supremacia do econômico, na qual consegue ditar suas regras no cenário mundial surgem-nos mais dúvidas do que certezas a respeito desse assunto: Será que hoje há lugar para a Sustentabilidade? Para a Biodiversidade? Ou essa questão de preservação somente interessa se a biodiversidade e recursos naturais servirem para as grandes corporações e laboratórios farmacêuticos e de cosméticos desenvolverem novos produtos? Há como equilibrar as decisões políticas e econômicas considerando o social e o ambiental? 

Bibliografia

PÁGINA RURAL. Cerrado é destruído pela monocultura de soja e agricultura mecanizada. (Disponível  em <http://www.paginarural.com.br/noticia/10225/cerrado-e-destruido-pela-monocultura-da-soja-e-agricultura-mecanizada> Acessado em 30/08/2012 às 10h

PORTAL WWF. O que é Biodiversidade? ( Disponível em: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/ Acessado em 30/08/2012 às 7h)

São Paulo. Proposta Curricular do Estado De São Paulo. São Paulo: SEE, 2008. (Disponível em http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_GEO_COMP_red_md_20_03.pdf> Acessado em 30/08/2012 às 9h)


PROJETO ARARIBÁ. Geografia. 2º Ed. São Paulo: Moderna, 2007.  (6º ano)

PROJETO ARARIBÁ. Geografia. 2º Ed. São Paulo: Moderna, 2007.  (7º ano)


UNESP. Gestão do Território: Energia e Meio Ambiente. 2a ed. São Paulo: UNESP, 2012